domingo, 9 de março de 2008

Lisboa

Mosteiro dos Jerónimos (séc.XVI), 1977 - Ed. Colecção Arte e Turismo
(... em especial para um amigo que elege como sua preferida esta zona da cidade...)

1 comentário:

MGomes disse...

Para o País represent(a)ou um ponto de partida na a descoberta de outros mundos ao Mundo, para mim, paradoxalmente, simbolizou um ponto de chegada! Foi o meu primeiro contacto com a grande Lisboa, aquela cidade de que só pelos livros víamos e líamos os seus monumentos e as suas histórias. Cheguei numa já distante noite de mil novecentos e sessenta e cinco e o meu primeiro fascínio visual foi a então lindíssima fonte luminosa do seu não menos belo jardim de Belém. Durante um ano lectivo, apanhava diáriamente o amarelo da Carris que vinha de Algés ou Dafundo onde hoje se situa o CCB e lá iá eu com destino a Alcântara, onde me esperava um estabelecimento de ensino que acabara por marcar para toda a minha vida, a Escola Técnica Elementar Francisco Arruda (a nossa ETEFA). Mas voltando a Belém, era ali que passeava aos domingos, onde ia assistir ao render da guarda no Palácio de Belém, tomava o pequeno almoço nos famosos pastéis, visitava de vez em quando o Museu dos Coches, Museu da Marinha, Estádio do Restelo, enfim, foi ali que fui criando o meu paraíso de Lisboa!Há tempos, reparei de mim uma atitude que só mais tarde a justifiquei com o seu devido valor sentimental: depois de mais um passeio que fiz um pouco antes de assistir a um espéctaculo no CCB, sentei-me num dos bancos de pedra que por ali existem e quando olho em meu redor, verifico que mesmo ali perto do banco onde me encontrava, estava esquecido, porventura fruto de algum trabalho de reparação, um monte de paralelipípedos da tradicional calçada portuguesa. No dia seguinte já na Câmara Municipal de Lisboa tinha dado entrada um mail de protesto pela má imagem que dava à cidade, aquele monte de pedra num dos jardins mais bonitos de Lisboa!

Obrigado, Teresa!